Garantia saiu de encontro entre Silva Tiago e Eduardo Vitor Rodrigues, ocorrido hoje, na Quinta dos Cónegos
A estação do Fórum da Maia vai ser um novo hub do Metro, com a concretização da linha entre o Hospital de São João e o centro da cidade e a sua ligação ao aeroporto. Os estudos económico-financeiros e de traçados estarão concluídos até ao final do ano
Pedrouços, Águas Santas, Milheirós, Gueifães, Vermoim e o centro da Maia estarão ligados por metro dentro de alguns anos ao Hospital de São João e ao Pólo Universitário da Asprela. Também a linha do ISMAI seguirá até à Trofa. Paralelamente, será construída uma nova linha entre o Fórum da Maia e o Aeroporto, com ligação à linha da Póvoa de Varzim na estação de Verdes. Esta última linha é uma novidade nos planos da Metro do Porto, mas uma antiga aspiração da Maia.
O anúncio das novas linhas foi feito esta tarde no final de um encontro entre os presidentes da Área Metropolitana do Porto e do Município da Maia. António Silva Tiago afirmou aos jornalistas “que o facto de ter havido a denominada “bazuca” de apoio europeia, permitiu que o Programa Nacional de Investimento (PNI) 2030 tenha um acrescento financeiro e uma parte será disponibilizada para a mobilidade, o que permite que a expansão da rede do metro que estava perspetivada, com 8 linhas, seja toda incluída”.
O primeiro passo para a concretização deste plano estará concluído até ao final do ano, com a conclusão dos estudos pelo Departamento de Planeamento da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Será esse estudo que será apresentado ao governo para que o investimento avance.
No mesmo dia e quase à mesma hora, o primeiro-ministro afirmava que “o trabalho não chegou ao fim, já que haverá uma avaliação ambiental estratégica antes de haver aprovação final em Conselho de Ministros, o que acontecerá dentro de alguns meses”.
António Costa comprometeu-se com o avanço rápido na cerimónia de anúncio do Plano Nacional de Investimento 2030, que prevê uma verba de 43 mil milhões de euros, metade dos quais serão aplicados na área do transporte e da mobilidade.
Na ocasião, afirmou que a opção do Governo pelos projetos já existentes decorre da “enorme paixão” com que têm sido debatidos os planos de expansão ferroviária, rodoviária ou aeroportuária: “Houve muita paixão, mas uma enorme inconsequência em termos de concretização. Precisamente por isso, tomámos a opção de dar continuidade aos projetos em curso e abrimos um novo ciclo de programação. Era fundamental preparar atempadamente o dia de hoje, fomentando um amplo debate público e assegurando a maior consensualização possível das opções”, sublinhou.
“Isto é uma excelente notícia pela qual me bati e me vou continua a bater e que a Maia e os maiatos merecem”. As palavras de António Silva Tiago não são uma reação às afirmações de António Costa, mas lembram a consistente luta dos maiatos pela implantação de uma segunda linha, que estava prevista desde o documento fundador da Metro do Porto, mas que tinha vindo a ser adiada.
A linha que ligará São João e o pólo universitário da Asprela a Pedrouços, Águas Santas, Milheirós, Gueifães, Vermoim e Fórum da Maia será agora uma realidade, mas ainda sem a data de conclusão fechada, uma vez que após a aprovação do investimento será necessário fazer-se os projetos e lançar-se os concursos. Só depois a obra estará no terreno, prevendo o edil da Maia que a sua conclusão possa acontecer entre cinco a sete anos, “a correr bem”.
Para já, sabe-se que a ligação da linha da Póvoa do Varzim ao Fórum da Maia, com passagem no Aeroporto, será feita através de metro ligeiro, o mesmo tipo de composição que já chega ao centro da cidade. Para a linha São João/Fórum Maia ainda não está decidido qual o tipo de modelo de composição, se será metro ligeiro, metrobus ou um sistema híbrido.
“O que interessa é que vai ser realidade”, sublinha Silva Tiago.
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