Ex-treinador concedeu uma entrevista ao “Jornal de Notícias”, na qual revelou o projeto para criar um centro de alto rendimento bem perto do local atual de treinos da equipa principal

André Villas-Boas prepara-se para oficializar a candidatura à presidência do FC Porto – O JOGO sabe que será na terceira semana deste mês – e revelou diversas ideias para o projeto, em entrevista ao “Jornal de Notícias”.

O ex-treinador dos dragões não só discorda da construção da academia na Maia (apesar de garantir que irá respeitar os contratos existentes), como até já tem prevista uma alternativa em Gaia, bem perto do Olival – O JOGO mostra-lhe a localização exata na imagem.

“Não faz sentido dividir a equipa principal da formação. A nossa alternativa é, em proximidade do atual centro de treinos do Olival, criar um centro de alto rendimento para as equipas profissionais, a equipa principal, equipa B e sub-19. Dotamos as equipas de formação da melhor infraestrutura possível, como é a do atual CTFD do Olival. Este espaço ficará a um quilómetro de distância. Temos um contrato de promessa de compra e venda assinado com o proprietário deste terreno e não teremos nenhum problema em ceder esta posição contratual ao FC Porto caso não sejamos eleitos”, explicou Villas-Boas, “estupefacto” com os termos para a construção da academia na Maia, lembrando as declarações do autarca daquela cidade. “Numa área de 340 hectares, o FC Porto tem de se localizar especificamente numa zona que implica compra de terrenos a privados e em hasta pública”, disse o futuro candidato.

Defensor de um modelo “assente na parte desportiva”, na “qualidade do talento que recruta, seja através da formação ou da otimização do scouting”, André pretende “um corte de 50% a 60% do valor atual da administração” e a criação de um “portal da transparência”. “Detalha especificamente o valor obtido, deduzindo todos os custos e comissões relativamente a transferências e negócios”, esclareceu Villas-Boas, que já tem o “nome fechado” para o responsável da área financeira do seu projeto.

De Sérgio ao futebol feminino

Villas-Boas reserva para depois das eleições a conversa sobre a continuidade de Conceição, cujo vínculo termina este ano. “Em devida altura, sentar-me-ei com ele, dando-lhe prioridade. Espanta-me porque é que o FC Porto permite permanentemente que jogadores e treinadores entrem em finais de contrato”, frisou.

O “crescimento das modalidades” faz parte do projeto, sempre num modelo “sustentável”, enquanto a aposta no futebol feminino é inevitável, até por uma obrigação da UEFA. “Queremos dinamizar e criar o mais rápido possível, os restantes escalões que faltam”, projetou.

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