A Câmara da Maia fez um levantamento dos sem-abrigo que vivem no aeroporto e diz ter encontrado 59 pessoas nessa condição, a maioria de outras regiões do país e 11 estrangeiros.
A Câmara da Maia fez um levantamento das pessoas em condição de sem-abrigo que estão a viver no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A operação, após o JN ter denunciado o problema, numa reportagem publicada há quase duas semanas, indicou que haverá 59 pessoas a pernoitar nas instalações aeroportuárias. Ao JN, algumas pessoas que fazem do aeroporto casa tinham avançado que seriam cerca de 100.
Emília Santos, vice-presidente da Autarquia, indicou que a maioria dos sem-abrigo que usam o aeroporto como casa é de outras regiões do país, sobretudo da zona de Lisboa, e que 11 são estrangeiros. A autarca falou sobre o caso ontem, à margem da assinatura do protocolo do projeto LABS.Maia.
O município identificou quatro cidadãos do concelho da Maia, aos quais atribuiu um técnico social, que os acompanham, e vai apoiar no pagamento da renda de um quarto, para poderem pernoitar, o que deverá acontecer nos próximos dias. Mas Emília Santos diz que “há várias situações mais complicadas, que necessitam de intervenção multidisciplinar, antes de resolver a condição” de sem-abrigo. Contudo, afirmou que “não é só um problema metropolitano, é um problema nacional”.
A vice-presidente da Câmara da Maia considerou que este é um “problema muito mais alargado”, que tem de ser trabalhado segundo as diretrizes das estruturas nacionais e regionais . “Na semana passada foi criado um grupo de trabalho sediado na Área Metropolitana do Porto, com vontade de encontrar soluções ajustadas à realidade de cada um”, referiu.
A vice-presidente da Câmara da Maia afirmou que “não foram identificadas crianças no aeroporto” e que “alguns (sem-abrigo) não querem mudar a sua condição”. “Qualquer pessoa que esteja em situação de sem-abrigo é algo que preocupa a qualquer autarca e a nós também”, assinalou Emília Santos.
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