Esta sexta-feira, dia 6, A Causa da Criança realiza um jantar de aniversário, no Restaurante O Industrial. 

Um dos objetivos é recolha de donativos, uma vez que a instituição de acolhimento de crianças debate-se com graves problemas de subsistência, como refere nesta entrevista ao primeira Mão, o presidente da Direção, João Costa Lima.

A Causa da Criança, Instituição particular de Segurança Social (IPSS), conta já com uma história de 18 anos de ajuda a crianças em risco. Desde 2007, ano da abertura da casa de acolhimento, já recebeu 135 crianças, mas neste momento necessita de apoios financeiros para continuar a atuar no campo social.

Esta IPSS, criada há 18 anos, inaugurou a sua casa de acolhimento em Vila Nova da Telha há 12 anos, sendo que logo a partir de 2007, mesmo antes da inauguração formal, começou a receber as primeiras crianças.

Esta instituição tem capacidade para acolher 22 crianças até aos 12 anos, embora haja, por questões burocráticas e motivos alheios à IPSS, crianças e jovens na instituição com idades até aos 16 anos. Segundo o diretor da instituição, a maioria das crianças sai em casos de adoção, mas também há casos em que voltam para os seus pais biológicos ou são acolhidas por familiares próximos.

Ao longo destes 18 anos a instituição tem conseguindo manter uma estabilidade financeira, muito por causa dos seus mecenas e apoios da Segurança Social, que enviava para a instituição crianças e fundos, mas desde 2016, numa altura em que começaram a acontecer escândalos mediáticos com IPSS’s, a situação piorou. 

Cada vez mais esta IPSS tem vindo a receber menos crianças por parte da Segurança Social, chegando a ter só 10 crianças institucionalizadas em 2018. Esta situação é incomportável para a instituição, sublinhou o presidente João Costa Lima, uma vez que, “apesar de menos crianças, os gastos mantêm-se quase inalteráveis, devido aos 20 funcionários que a instituição tem de ter e aos custos que estes comportam”. 

Além disso, “esta instituição tem vindo também a receber pouquíssimos donativos, quer particulares quer de empresas, porque as pessoas não estão tão seguras em depositar confiança e dar dinheiro a estas instituições”.

João Costa Lima afirma que necessitam, anualmente, de cerca de “100 mil euros para pagar despesas como a água, luz, combustíveis, e manutenção do edifício”, e que começa todos os anos com “uma dívida calculada de 150 mil euros, que só pode ser abatida no decorrer do ano, graças a ajudas que vamos tendo em bens alimentares, essencialmente”.

Outro dos pontos que o presidente da Direção refere é que “os valores que não foram arrecadados através de mecenas e apoios nos últimos quatro, cinco anos, estão a ser colmatados com poupanças que tinham sido feitas nos primeiros anos desta instituição”, uma situação que se se mantiver “pode ditar o fim de A Causa da Criança”.

Para tentar salvar a instituição, Costa Lima, quer colocar em prática diversas ações. Uma delas realiza-se já esta sexta-feira, dia 6 de março, com a comemoração do 18º aniversario num jantar de angariação de fundos. Parte do valor pago pelos participantes neste jantar será destinado à instituição, esperando-se ainda que os presentes façam mais alguns donativos.

Outra das iniciativas é conseguir empresas ou particulares que patrocinem alguma das salas desta instituição. Para isso acontecer a empresa ajuda a instituição pagando o valor estipulado pela sala (num cálculo pelo número de metros quadrados) e em troca é colocada à entrada do espaço uma placa com o nome do mecenas.

Uma forma ainda mais abrangente e simples de ajudar A Causa da Criança é através do preenchimento do IRS, colocando o Número de Contribuinte da instituição – 505428652 – no quadro 11 do formulário. Parte do valor pago por uma pessoa singular é destinada a esta IPSS.

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