Projeto que une municípios de Santo Tirso, Valongo, Maia e Matosinhos vai receber quatro milhões de euros.
Os autarcas que integram a Associação de Municípios Corredor do Rio Leça, formada pelos concelhos de Santo Tirso, Valongo, Maia e Matosinhos, pediram ao ministro do Ambiente financiamento e mais atenção política para o projeto. Seis meses depois de ter sido criada, a associação inaugurou este sábado a sede, no Centro Empresarial Lionesa, em Leça do Balio, Matosinhos.
Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos e do conselho executivo da associação, referiu a Matos Fernandes que aquela entidade “não tem orçamento e que tudo o que foi feito até agora no corredor do Leça resulta da boa vontade dos municípios de porem as coisas no terreno”.
A autarca lembrou que a construção do corredor verde do rio Leça foi “um sonho de Guilherme Pinto” (antigo presidente da Câmara, já falecido), destacando que, em Matosinhos, a extensão “de 18 quilómetros é um investimento de 20 milhões de euros”.
Luísa Salgueiro também aproveitou a ocasião para pedir ao ministro que não se esqueça “das linhas de metro da Senhora da Hora e S. Mamede Infesta, assim como da Maia”.
Já o presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, salientou que “é a primeira vez que é constituída uma associação para reabilitar um rio”. O autarca acrescentou que “o grande desígnio” da associação “é criar uma ligação pedonal e ciclável a unir os quatro concelhos”, mas para isso “é preciso financiamento”.
“Esta é uma enorme oportunidade em que estamos todos empenhados, mas serão precisas mais ajudas financeiras”, juntou Silva Tiago, autarca da Maia.
Pacote de quatro milhões
Com um pacote de 50 milhões de euros provenientes de fundos europeus para gastar até 2023 na reabilitação da rede hidrográfica de todo o país, Matos Fernandes garantiu que quatro milhões de euros serão afetos ao corredor do rio Leça.
Numa visita a uma das partes intervencionadas do corredor, junto ao Parque das Varas, em Leça do Balio, onde já é possível percorrer o circuito a pé, o engenheiro do Ambiente Pedro Teiga, um dos responsáveis do projeto, referiu: “O rio aqui está doente, uma vez que ainda há descargas pontuais”.