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Câmara da Maia efetua estudo de reabilitação de pontes e viadutos de interesse patrimonial

Desde outubro, altura em que a Maia foi assolada por fortes chuvas, que os estragos têm vindo a sentir-se nas diversas estruturas rodoviárias do concelho. Não esquecemos as tempestades que alagaram mais que uma vez o concelho e, naquelas vias que não apresentaram danos de imediato, as mazelas ficaram e foram-se intensificando nos últimos tempos até resultarem em danos que exigem uma intervenção mais atenta.

O Primeira Mão já noticiou alguns desses estragos que nas últimas semanas ficaram notórios, como a recente abertura de um buraco, na antiga EN13, junto ao nó da A41, e a queda de um pilar da Ponte da rua do Pinto, em Milheirós. Há também uma boa parte da antiga estrada nacional 107 (agora rua Coronel Carlos Moreira), na Guarda, Moreira, que aluiu junto com a queda de um muro lateral. 

O Primeira Mão abordou o presidente da Câmara da Maia sobre o andamento destas obras, à margem da recente entrega a crianças do concelho do livro ‘O Foral da Maia contado às crianças’.

Ponte da rua do Pinto em estudo

António Silva Tiago explicou que a Ponte da rua do Pinto teve que ser mesmo cortada, porque “temos que intervir no pilar central, em granito, de resto toda a ponte é estruturalmente construída em granito, pois é muito antiga. Mas só podemos intervir quando estiveram condições atmosféricas mais propícias do que as que temos tido, temos tido tempos de grande invernia. Por isso, o trânsito foi cortado e sinalizámos o local por questões de segurança”.

Neste momento, o autarca maiato garante que está a ser realizado “um estudo acerca do que há necessidade de ser feito, os nossos serviços técnicos têm instruções para apurar o tipo de intervenção a realizar, mas, à partida, deverá ser necessário restaurar todo o pilar central daquela ponte”.

Assim, o presidente da Câmara afirma que, “só depois é que podemos estimar quanto é que a obra irá custar e quanto tempo poderá demorar, bem como estabelecer qual o procedimento para avançar com a intervenção”.

EN 107 com obra de reabilitação profunda

Já há muito que decorrem os trabalhos na estrada nacional 107, na Guarda, porque houve a queda de um muro lateral e, passados uns dias, uma parte da estrada começou a aluir. A intervenção está a ser mais demorada e aparentemente não avança, dado que a grande parte dos “trabalhos decorrem ao nível subterrâneo e não são visíveis a quem circula de automóvel”. A regulação do tráfego durante o dia é feita recorrendo a semáforos amovíveis, o que causa maiores demoras na circulação.

De acordo com Silva Tiago, passa um ribeiro por baixo da estrada e a estrutura que sustenta a estrada cedeu. Agora está a ser reconstruido esse aqueduto numa “obra de alvenaria de qualidade” e a ser feito “um muro de betão armado”. A complementar a intervenção serão “reconstruidos os passeios e um coletor de águas pluviais”.

Presidente pediu estudo sobre várias peças de interesse patrimonial no município

O presidente da Câmara da Maia afirma que, “desde aquela altura em que houve o acidente em Borba, Alentejo, com a rotura de uma estrada na pedreira, entendi que devíamos aprender com este caso. É que, por vezes, andamos muito ocupados com diferentes questões e esquecemos algumas essenciais, pelo que considero que temos que estar sempre atentos”.

Foi nesse momento que resolvi pedir “aos serviços municipais de obras públicas que fizessem uma avaliação em todas as obras de arte, isso já foi feito e agora vamos intervir em várias peças do património com interesse artístico, como por exemplo, em vários viadutos e pontes, algumas estruturas, por baixo das quais passa o metro ou linhas de água”.

O presidente da Câmara da Maia adianta que estes trabalhos ou estudos para realizar intervenções, “embora não sendo considerados nada de grave, estamos a realizá-los e preferimos estar prevenidos ou bem calçados, como se costuma dizer”. 

Assim, o facto de não se falar muito destas obras não quer dizer que não estejam a decorrer ou em carteira e que tenham que ter atenções da autarquia. Silva Tiago sublinha que: “nestes casos de segurança das vias públicas a prudência é boa conselheira”.

Silva Tiago aponta exemplos de outras obras além da já referida ponte em Milheirós e a estrada nacional 107, indicando a obra em Parada, junto à Milaneza, também a ser alvo de um estudo técnico. 

“E estas são intervenções caras, veja-se a recente adjudicação da reabilitação do viaduto por onde passa o metro (de e para o ISMAI), ali na Rua Belmiro de Azevedo. Isso custa-nos 256 mil euros, pelo que se trata de uma reabilitação pesada e profunda e que vai entrar em obra muito em breve”, concluiu o edil maiato.

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