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Câmara e Associação Empresarial da Maia apostam em bateria de testes serológicos para evitar surto similar ao da Azambuja

O cenário de recrudescimento de casos de covid-19 na plataforma logística da Azambuja levou a Câmara da Maia a lançar um campanha de testes serológicos no município-sede do maior cluster de empresas tecnológicas. Testes custarão 13 euros, sem IVA, e a meta é a de prevenir a infeção num universo de 27 mil empresas que empregam 68.200 trabalhadores 

Em vésperas da terceira fase de desconfinamento, a autarquia liderada por António Silva Tiago vai apostar no lançamento de uma campanha de testes serológicos para prevenir que o cluster empresarial se transforme numa nova Azambuja, no regresso de boa parte dos trabalhadores às funções no terreno. A campanha ‘covid-check’ é uma iniciativa anunciada, esta sexta-feira, e resulta de uma parceria entre a Câmara da Maia e a Associação Empresarial do concelho, em colaboração com o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), o laboratório SynLab e a Bial.

O autarca salienta que o que se pretende com esta bateria de testes “é contribuir para um regresso ao trabalho presencial mais tranquilo”, ajudando a criar as condições para um retomar da atividade económica do concelho “com confiança”. O surto de 120 casos de trabalhadores diagnosticados com covid-19 na plataforma logística das cadeias de distribuição da Azambuja, a maioria funcionários da Sonae, não é alheio à investida na prevenção na Maia.

“Temos perfeita consciência do quanto é importante nesta hora, incrementar o nosso apoio ao tecido empresarial do nosso território concelhio, onde laboram mais de 20000 empresas e mais de 7500 empresários em nome individual, que no total representam mais de 67800 postos de trabalho”, lembra o social-democrata António Silva Tiago.

A bateria de testes destina-se a colaboradores das empresas sedeadas na maia e tem por objetivo avaliar a resposta imunitária à covid-19. Os testes serológicos irão custar às empresas 13 euros, sem IVA, mas para Silva Tiago são uma “segurança” para definir quem pode deixar o teletrabalho e voltar à linha da frente das empresas no terreno, quando forem reabertas as grandes feiras internacionais.

Para Henrique Barros, presidente do ISPUP, o regresso às atividades profissionais é fundamental para minimizar o impacto da pandemia no país e na região e, através de testes serológicos, “pode conhecer-se a proporção de trabalhadores que já tiveram contacto com o vírus SARS-CoV-2 e, assim, melhor planear as atividades preventivas”.

O protocolo entre as entidades envolvidas prevê ainda uma linha de atendimento do Instituto de Saúde Pública para responder a dúvidas dos empresários e como devem proceder nos casos suspeitos de infeção. Num concelho com elevado número de empresários e trabalhadores que residem em municípios limítrofes, o presidente da Câmara da Maia sustenta que a bateria de testes permitirá ainda acautelar o surgimento de nova vaga de casos na região norte.

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