Lideravam esquema de produção de droga em antiga tinturaria. Faziam depósitos milionários e declaravam rendimentos de 173 euros mensais. Homem tinha visto “gold”.
Uma autêntica fábrica de cultivo intensivo de canábis, montada num armazém da Maia, onde foi apreendida mais de uma tonelada de droga, era uma mina de ouro para um casal de nacionalidade chinesa. Enquanto declaravam tostões ao Fisco, pelas suas contas bancárias passaram, nos últimos quatro anos, 675 mil euros. O Ministério Público (MP) acusou de tráfico de droga o casal e um terceiro indivíduo que vivia no armazém e exige a entrega daquela quantia ao Estado.
Em julho do ano passado os investigadores da PSP foram surpreendidos pela dimensão e sofisticação técnica da estufa que encontraram nas instalações de uma antiga tinturaria. Centenas de lâmpadas, de extratores de ar, de medidores de temperaturas e de plantas de canábis foram apreendidas. A estufa estava dividida em quatro espaços, cada um com plantas em diferentes fases de maturação e crescimento. A canábis era depois seca e embalada a vácuo em sacos de plástico, para evitar a propagação do odor da droga.