Depois da Lipor transformar a Casa de Corim num hub de sustentabilidade, foram realizadas o ano passado 72 iniciativas entre as quais dez open days, tertúlias, sessões de cineEco e seis exposições.
A Casa do Corim, em Águas Santas, no concelho da Maia, que está a ser promovida pela Lipor no âmbito de uma parceria Institucional com o Município da Maia, recebeu 3.473 visitantes desde que reabriu as portas no final de 2022.
“Somente no ano de 2023, foram 124 dias de portas abertas à livre fruição, realizadas 72 iniciativas entre as quais dez open days, tertúlias, sessões de cineEco e seis exposições. Entre as 24 parcerias estabelecidas destaca-se a Let’s Swap que já promoveu na Casa do Corim três mercados de trocas, com 282 participantes que reutilizaram 990 peças de vestuário e acessórios e 201 livros, evitando assim a produção de 276 quilos de resíduos”, detalha a Lipor em comunicado.
A programação para esta ano já está definida e inclui circuitos de visitas guiadas pela Casa e jardins, exposições e dez open days com workshops, tertúlias, mercados, cinema ambiental e mercados de troca.
A Casa do Corim, construída num estilo nasoniano, remonta à primeira metade do século XVIII, altura em que começou a ser construída. Entre 1747 e 1995 a Casa do Corim conheceu nove proprietários diferentes. O primeiro registo até agora encontrado é de Duarte Pechirim, cabendo à família de Fernando Maciel Moura e Maria Elisa Cerejeira Pereira Bacelar viver nela entre 1955 e 1995, altura em que foi adquirida pela autarquia da Maia.
Já no século XIX entre 1832/34, serviu de Quartel–General às tropas absolutistas de D. Miguel aquando do cerco do Porto, tomando a denominação de Quartel-General de Agoas Santas. Em 1886 foi palco do enlace matrimonial de Aurélio da Paz dos Reis, horticultor e precursor do cinema em Portugal, com Palmira Cândida Guimarães filha do proprietário da casa o Comendador António Fernandes Guimarães.
Atualmente, a Casa do Corim é um espaço multifuncional que tem como objetivo base funcionar como o hub de sustentabilidade da Lipor, que realça que ao colocar este espaço à disponibilidade da comunidade está a “promover sustentabilidade, a proteção ambiental, o empreendedorismo, a capacitação dos cidadãos e o livre acesso à cultura”.
A Lipor, que é a entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos pelos Municípios associados: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde, trata anualmente cerca de 500 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos por um milhão de habitantes.