A partir desta quinta-feira, vai ser ser possível passear gratuitamente pela Quinta da Boa-Vista e visitar o Museu da Fundação Gramaxo, na Maia, a preços simbólicos. O Museu, que saiu do cunho do arquiteto Siza Vieira, vai abrir com duas exposições: uma contemporânea, com 15 artistas, e outra com o espólio da família.

“Sempre tivemos uma ligação com a comunidade que nos rodeia. Pretendemos enriquecer essa ligação. Por isso, vamos abrir os muros”, justifica Jorge Gramaxo, realçando a razão pela qual foi criada a Fundação Gramaxo, em 2013, e se iniciou uma caminho de recuperação da Quinta da Boa-Vista, que pertence à família desde o século XVII, e de construção de um museu, que abre as portas na quinta-feira.

A Casa-Museu foi desenhada pelo arquiteto Siza Vieira, o preferido de Maria de Fátima Gramaxo, a mãe do diretor-geral da Fundação e proprietária das peças da exposição permanente do espaço.

Nessa exposição com o acervo da família, composta por obras de pintura, mobiliário, peças de prata e jóias, é possível apreciar um quadro do pintor barroco português, conhecido por Vieira Lusitano. “Temos especial interesse que as crianças estejam em contacto com estas peças da exposição permanente”, sublinha Jorge Gramaxo.

Aliás, é a pensar nas crianças que a Fundação também vai disponibilizar noutro espaço da quinta, a Casa da Eira, oficinas infantojuvenis. A primeira, com jogos de luz e sombra, decorre já no sábado.

Ainda na Casa Museu, vai estar patente até 12 de maio uma exposição, composta por peças de 15 artistas, dos quais 13 portugueses. Denominada “De dentro para fora”, a exposição tenta privilegiar a natureza, quer na forma como é retratada quer nos materiais utilizados. Segundo a curadora, Maria de Fátima Lambert, trata-se de uma coleção recheada de pormenores, que obriga a um olhar atento e a mais do que uma visita.

Além da Casa-Museu, da autoria de Siza Vieira, que começou a ser projetada em 2018 e ficou concluída em 2021, a Fundação Gramaxo vai colocar à disposição da comunidade o espaço exterior da Quinta, que terá entrada gratuita todos os dias da semana. “Podem vir ler um livro, passear ou até fazer um piquenique”, especifica Jorge Gramaxo.

A recuperação da Quinta, que conta ainda com um auditório, representa um investimento de dois milhões de euros. A Casa-Museu é o único edifício novo. Em todo o espaço, procurou-se manter a traça o mais original possível. “Isto é um piscar de olhos ao passado”, enfatiza o diretor-geral da Fundação Gramaxo, prometendo preços simbólicos, uma vez que, segundo garante, a instituição não procura ter fins lucrativos.

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