Trabalhadores da Fico Cables, na Maia, concentraram-se em frente à fábrica, nesta sexta-feira, para exigir o aumento dos salários, designadamente a revisão das atualizações feitas em janeiro. O objetivo é repor o poder de compra, face à subida dos preços. Nesse sentido, defendem que ninguém deve ter aumentos inferiores a 100 euros.
Nesta sexta-feira, cumpriu-se mais um dia de greves de duas horas por turno, perante a falta de resposta da administração às reivindicações apresentadas. O JN contactou a empresa, mas ninguém se mostrou disponível para falar.
Num comunicado distribuído aos jornalistas, os operários também exigem a atualização do subsídio de alimentação, a redução do horário de trabalho, a implementação de uma pausa adicional de 10 minutos, a eliminação de todas as formas de discriminação, a atribuição do dia de aniversário a todos e o fim da avaliação de desempenho, que resulta “em aumentos salariais de uma forma injusta”.
Filipe Pereira, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte) , explica que o ordenado da maior parte dos funcionários “ronda o salário mínimo nacional” e que os aumentos na ordem dos 40 euros, face à subida do custo de vida, “são insuficientes”.
O sindicalista refere que a “administração tem dito que está disponível para reunir, mas que não reverte a sua posição”. E acrescenta que a empresa justifica-se com o facto do mercado automóvel estar inconstante, não conseguindo, por isso, ir além das atualizações salariais já efetuadas.