O presidente do clube quer trabalhar para “uma solução de qualidade e realista dos quadros competitivos”.
O Maia Futsal Clube recusou subscrever a proposta de 23 clubes com vista à criação da II divisão nacional feminina por entender não ser “realista, adequada e eficaz”, esclareceu hoje o seu presidente, em nota enviada à Lusa.
Dos emblemas que iriam participar na Taça Nacional, prova em que os campeões distritais e alguns segundos classificados iriam disputar a subida ao principal escalão de futsal feminino, apenas o Maia não se juntou ao pedido, formalizado na semana passada junto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O presidente, Bruno Magalhães, acentua a disponibilidade do Maia Futsal Clube em trabalhar para “uma solução de qualidade e realista dos quadros competitivos” e sublinha a confiança na Associação de Futebol do Porto e na FPF, mas considera não estarem contemplados no documento apresentado por 23 emblemas “princípios fundamentais”.
Na nota escrita enviada à Lusa, Bruno Magalhães frisa ser necessário acautelar as vertentes desportiva, financeira e regulamentar.
No domínio desportivo, o presidente do Maia Futsal Clube entende ser necessário propor “uma estrutura competitiva ajustada e realista ao quadro competitivo distrital e nacional”.
Bruno Magalhães realça ser também fundamental estudar “de que forma os clubes poderão fazer face a esta nova realidade, nomeadamente, dos custos inerentes a uma competição de alcance nacional”.
Para avançar para uma II divisão nacional de futsal feminina, o dirigente enfatiza ter de existir “o devido enquadramento federativo para a prova”.
“Na proposta apresentada pelos referidos 23 clubes de futsal, não se verificando estes pressupostos, não estavam reunidas as condições para a subscrição do documento”, explica Bruno Magalhães.
O presidente do Maia Futsal Clube acrescenta apoiar “incondicionalmente” a evolução da modalidade, mas em concertação com as respetivas estruturas.
Devido à pandemia de covid-19, a FPF decidiu que não haverão descidas do escalão principal e a realização da Taça Nacional é uma incógnita.
A ideia de criar um escalão intermédio é uma “ambição de há muito”. Catarina Rondão, presidente e treinadora do Valverde, teve a iniciativa de criar o movimento #DividirParaEvoluir, a que aderiram os restantes clubes, por entenderem ser a oportunidade ideal de avançar para a criação da II divisão nacional sem “ninguém ser prejudicado”.
À Lusa, Catarina Rondão disse que é uma forma de “tornar a modalidade mais competitiva” e é considerada pela dirigente “fundamental para o desenvolvimento do futsal feminino”, para facilitar a adaptação entre escalões e diminuir a discrepância na transição entre o campeonato distrital e a I divisão, e vice-versa.
“Não é uma ambição nossa, é de todo o futsal feminino, para que possa crescer. Ao criar-se uma II divisão, vão criar-se condições para as equipas crescerem, chegarem mais preparadas à I divisão, ao mesmo tempo que abre maior espaço para outras equipas evoluírem nos distritais”, advogou, à Lusa, o responsável do Futsal Feijó, Paulo Santos.
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