A Maia tem um novo serviço de transporte público. O Mobus funcionará por marcação e pretende, acima de tudo, dar resposta às populações com menos oferta. O novo serviço é apenas uma das vertentes do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Maia, apresentado nesta quarta-feira, que pretende impulsionar o uso de transporte público e de meios alternativos e sustentáveis, diminuindo a dependência do automóvel.
O novo transporte flexível pretende “complementar a oferta atual dos transportes e promover a equidade destes serviços”, afirmou o vereador da Mobilidade da Câmara da Maia, Mário Nuno Neves.
“A ideia surge da necessidade, há áreas do concelho que não têm tanta oferta de transportes. Isto é uma medida que promove a equidade dos serviços que prestam”, acrescentou.
O novo serviço funciona por reserva. Os interessados têm de marcar a viagem no dia anterior, até às 17 horas, através do site ou do número 227667046, mencionando o local de recolha pretendido. Os utilizadores são contactados por email a confirmar a reserva, tendo de pagar dois euros pelo serviço, ao próprio motorista no dia a seguir.
O novo transporte funcionará em dias úteis, entre as 10 e as 12 horas e das 14.30 às 17 horas.
O Mobus, que entrou em funcionamento nesta quarta-feira, faz parte do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Maia. Entre as medidas previstas estão o alargamento de vias pedonais, o uso da bicicleta e a promoção da intermodalidade, incluindo um novo sistema de estacionamento.
Hugo Martins, da Maia Transportes, que vai operar o serviço, garante que “não se compara com o funcionamento dos táxis, pois o Mobus tem pontos de recolha e de saída pré-determinados”.
No arranque, o Mobus terá apenas um autocarro em circulação, mas Hugo Martins garante que há mais viaturas, caso seja necessário. “Este é um serviço para o nicho, para locais com pouca densidade populacional. Ainda assim, há mais autocarros disponíveis”, acrescentou.
O projeto a dar os primeiros passos pode sofrer mudanças, dependendo da procura e do tipo de utilizadores. “Com o crescimento do serviço, pode surgir a integração do transporte na plataforma Andante”, avançou o responsável pela Maia Transportes.
O novo Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Maia “pode ser concluído entre cinco e sete anos”, de acordo com o vereador Mário Nuno Neves. O projeto pretende “a racionalização do uso do automóvel, criando condições mais favoráveis para que a população se possa deslocar de forma cómoda e utilizando meios de transporte que não contribuam para piorar os fenómenos do meio ambiente”.
“As crianças conhecem as cidades pelas janelas dos carros, e temos de mudar isto”, mencionou Paula Teles, que apresentou o plano com medidas como o alargamento de vias pedonais, o uso da bicicleta e a promoção da intermodalidade, incluindo um sistema de estacionamento que contribua para o uso de diferentes meios de transporte de forma complementar.
Consultar artigo original aqui