
O presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, disse hoje querer ter o projeto de execução da tunelização da Estrada Nacional 14 pronto este ano e lançar concurso público em 2026, após assinar um acordo de gestão.
“Fazendo o projeto de execução, agora até final do ano, mais coisa menos coisa, o projeto de execução deste enterramento da Nacional 14, aqui no centro da cidade, tem que estar pronto”, disse hoje António Silva Tiago (PSD) aos jornalistas, na Câmara da Maia (distrito do Porto)
O autarca falava no final de assinatura de um acordo de gestão entre a Infraestruturas de Portugal (IP) e a Câmara da Maia para um troço da Estrada Nacional 14.
“Depois quando esse projeto de execução estiver pronto, lá para o final deste ano, daqui a três/quatro meses, vamos saber com rigor quanto é que custa essa obra e vamos nos sentar, a Câmara e o ministério das Infraestuturas e a IP, e vamos repartir despesa”, disse o autarca.
António Silva Tiago defende que “a maior parte da despesa deve ser assumida pela administração central”.
Na cerimónia de assinatura do contrato, o autarca disse que aos políticos “cabe a tarefa de, em cooperação, encontrar o melhor financiamento para a obra”.
O autarca considerou que “uma obra destas é fácil de fazer porque há alternativas de desvio de trânsito”, estimando a duração de empreitada “num ano ou ano e meio”.
“Estou convencido que se a obra avançar em 2026, com o concurso público, que é o que eu espero, em finais de 2027, no máximo em meados de 2028, a obra está pronta”, adiantou.
Da parte do projetista da EPOCA – Gestão, Estudos e Projetos, António Martins disse, na cerimónia de assinatura, que se pretende “dotar a EN14 com 2×3 vias acrescidas de bermas e separador central desde o nó de Chantre até ao nó de Chiolo”.
“A tunelização parece-nos ser a única solução técnica que permite diminuir de forma significativa o ruído emitido por esta infraestutura rodoviária, dentro dos parâmetros exigíveis pela legislação vigente e sem impactos significativos da paisagem”, vincou.
O projeto inclui ainda um estudo de integração paisagista, abrangendo a cobertura do túnel e unindo as duas margens da cidade.
“Por um lado, procura-se resolver o constrangimento rodoviário, e por outro dar à cidade um bem-estar de natureza paisagista”, referiu.
Também presentes na ocasião estiveram o ministro das Infraestuturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e o presidente da IP, Miguel Cruz.
O presidente da IP vincou o acordo “particularmente importante para o futuro da mobilidade urbana” na Maia, salientando a “ligação à A41 e à zona industrial Maia I, que é uma das mais importantes do país”.
Já o ministro disse aos jornalistas que a EN14 “é uma ferida na cidade da Maia” e “está subdimensionada em termos do fluxo e do papel que tem de ligação Porto – Maia – Braga”.
Segundo a IP, o acordo hoje assinado envolve o “estudo de soluções para a melhoria das condições de acesso, capacidade e fluidez do trânsito da EN14 no centro urbano da Maia, em particular o troço entre o km 5,9 e o km 7,4”.
Ao município cabe “promover o desenvolvimento de projeto de execução para a resolução das diversas questões decorrentes do atravessamento da EN14 na zona urbana da Maia, e à IP a prestar todo o apoio e colaboração técnica no estudo das soluções e projeto de execução e acompanhar os respetivos desenvolvimentos”.
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