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Maia. Utente infetado vai ter alta médica. Lar forçado a recebê-lo de volta

Um utente infetado recebeu alta médica com indicação de voltar ao lar. Instituição da Maia vai recebê-lo apesar dos riscos para a “saúde pública”. Lar queixa-se de “falta de eco” das autoridades. 

Esta madrugada, um utente do Lar Santo António, na Maia, foi transportado para o hospital de São João com sintomas associados à Covid-19. Aí fizeram-lhe o teste que deu positivo. O mesmo idoso teve alta médica com indicação para regressar ao lar onde residem cerca de 50 utentes. Este é o terceiro caso de infeção pelo novo coronavírus na instituição.

“A indicação que temos é que, dado ele não inspirar grandes cuidados de saúde, à exceção da necessidade de isolamento, resta-nos a obrigatoriedade de o receber”, esclarece ao Observador Isabel Brandão, presidente de Associação de Obras Sociais de São Vicente de Paulo, que gere o lar. “No meu entender, em termos de saúde pública, este não será o procedimento ideal”, continua, para depois explicar que ainda “não teve eco” por parte das autoridades competentes.

“Não nos parece a melhor solução. Imediatamente encetamos contacto com as entidades competentes para que fossem tomadas medidas para acautelar a integridade dos restantes residentes. Não temos tido eco das
autoridades competentes”, continua Isabel Brandão.

O lar vai agora “proceder a todas as diligências para que o idoso fique isolamento. Vamos assegurar-lhe todos os cuidados. Esta é uma situação muito delicada”, explica ainda.

A presidente da associação que gere o lar esclarece que a primeira utente infetada, cujo diagnóstico foi conhecido na quarta-feira, permanece internada com um quadro estável sem carecer de ventilação. A ela soma-se ainda uma funcionária infetada e em isolamento profilático.

“Estamos a pedir para  que todos os utentes sejam testados. Mas junto das autoridades competentes o nosso pedido ainda não teve eco. A indicação que tenho é que na próxima terça todas as instituições da Maia serão rastreadas”, esclarece. As colaboradoras do lar foram, entretanto, testadas. Isabel Brandão afirma ainda que é preciso um reforço de equipamentos, o qual está a ser solicitado também às entidades competentes.

O Observador tentou contactar o Hospital de São João mas, até ao momento, não obteve resposta.

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